Após um boom na demanda por software de negócios com o surto do novo coronavírus na China, o gigante chinês de e-commerce Alibaba informou que dobrará sua aposta na computação em nuvem com um investimento de 200 bilhões de yuans — US$ 28 bilhões — em sua infraestrutura nos próximos três anos.
O investimento — equivalente a quase metade da receita gerada por toda a empresa durante o ano fiscal de 2019 — ressalta a importância da divisão que lidera a expansão internacional da Holding Alibaba. O plano é montar mais centrais de dados para complementar a rede que já cobre 21 regiões ao redor do mundo.
Além disso, pretende apoiar o desenvolvimento de tecnologias em áreas como chips de inferência por inteligência artificial. A divisão é uma das empresas que mais crescem na empresa: a receita da nuvem no quarto trimestre subiu 62%, para 10,7 bilhões de yuans. O Alibaba já tinha 46,4% do mercado de nuvens da China durante o trimestre, segundo a Canalys.
A empresa já vinha aumentando os investimentos na computação em nuvem nos últimos anos, dentro dos esforços para ganhar o controle do mercado chinês. Ao contrário da Amazon Web Services, o Alibaba ainda não teve lucro com seus serviços na nuvem, registrando prejuízo ajustado de 356 milhões de yuans no quarto trimestre de 2019.