Por Letícia Höfke
Nesta segunda matéria da série especial Startups Transformadoras, a empresa em foco é a Sumá , empresa sulista que opera no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Seu trabalho é nobre e difícil: fazer a interface entre o agricultor familiar e o mercado consumidor.
Com o nome da deusa tupi-guarani da agricultura, a startup facilita o contato entre associações de agricultores e grandes empresas, que querem comprar os alimentos. Além disso, a Sumá oferece cursos de formação para pequenos produtores, buscando também, qualificar o agricultor e orientá-lo acerca de questões como cálculo de preços, certificações, entre outros.
Os agricultores, que pagam uma mensalidade de 49 reais a partir de 2000 reais vendidos, ficam divididos em três categorias: produtores orgânicos certificados, produtores orgânicos sem certificação e produtores convencionais.
Já os compradores pagam 15% sobre o valor transacionado. A empresa tem hoje 1600 agricultores e 100 compradores ligados à Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes.
O início
A empresa foi criada pela engenheira ambiental Daiana Lerípio – neta de um agricultor que precisou sair do campo por falta de oportunidade – e pelo agrônomo Alexandre Leripio.
A primeira versão foi criada em 2016 e pensada para as escolas públicas, já que 30% da verba federal para merenda deve ser usada em produtos da agricultura familiar. Contudo, o projeto não deu certo.
Então, eles pesquisaram e finalmente descobriram o mercado da Sumá: grandes empresas que tinham interesse nos produtos da agricultura familiar, mas não compravam por uma dificuldade de acessar os fornecedores. Assim surgiu a startup, que, hoje, figura na lista 100 Startups To Watch.