Em 2015, a engenheira nuclear Alice Cunha da Silva se tornou a primeira brasileira a vencer a Olimpíada Nuclear Mundial em Viena, na Áustria. Um dos objetivos da Olimpíada era divulgar os benefícios da energia nuclear para o mundo.
Em entrevista para o Época Negócios, ela falou um pouco sobre sua experiência, apresentando o trabalho final foi apresentado em Viena, na Áustria. Segundo Alice, foi uma “experiência muito legal e gratificante” e, na Olimpíada deste ano, ela participou do processo de elaboração, sendo jurada em algumas etapas.
Hoje, aos 29 anos, Alice é engenheira nuclear da empresa Westinghouse, atuando nas usinas Angra I e II, e membro da diretoria da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN). Além disso, faz parte do comitê executivo da Women in Nuclear e de outras organizações dedicadas a estimular a participação de mulheres na engenharia nuclear.
De acordo com Alice, a área ainda tem poucas mulheres. Quando entrou na UFRJ para cursar engenharia nuclear, em muitas situações, ela se viu sendo a única pessoa do sexo feminino. Entretanto, não se deixou abater: aquele lugar era tão dela quanto de qualquer outro homem. Ao se envolver em projetos, chegou a criar a primeira seção estudantil de engenharia nuclear da UFRJ, que também foi a primeira da América Latina.
O Brasil conta com a sexta maior reserva de urânio do mundo. Para Alice, um modo de fomentar esse mercado – que perde força por ser uma área envelhecida – é atrair novos talentos através de políticas de incentivo.