Nesta segunda-feira, a startup californiana Cerebras apresentou seu novo projeto: um chip que tem uma superfície maior que a de um Ipad e é 80 vezes maior que sua corrente mais próxima.
Ele também consome a mesma quantidade de eletricidade de todos os servidores contidos em um rack e meio. Racks são as torres de computadores nos centros de dados, que têm mais de um metro e oitenta centímetros de altura.
A Cerebas fugiu da abordagem convencional. Enquanto a maior parte dos fabricantes de chips vem tentando criar elementos menores e mais modulares, conhecidos como “chiplets”, a empresa surgiu com o que é todo um aglomerado de processamento em um único chip.
Corrida por inteligência artificial
O projeto é dos principais sinais de como o pensamento tradicional está mudando na medida em que a indústria dos chips tenta se adequar às demandas da inteligência artificial. Percebe-se que os fabricantes estão dando passos gigantescos na capacidade de processamento usado na resolução dos problemas de IA mais complexos.
De acordo com o Valor Econômico, mais de 50 empresas vêm tentando desenvolver chips especializados em IA. A maioria deles é usada na tarefa de aplicar um sistema treinado de IA no mundo real, em vez de trabalhos que exigem muito mais dados, como os treinamentos de modelos de aprendizado profundo.
É da quantidade enorme de dados necessários para treinar redes neurais – que são usadas nos chamados sistemas de aprendizado profundo para a realização de tarefas como reconhecimento de imagens e compreensão de idiomas – que vem a necessidade de um novo tipo de processador para a IA.