Segundo pesquisa feita pelo coletivo Open Innovation do Brasil, um dos principais fatores que ainda hoje impedem mudanças e avanços na inovação do Brasil é a lentidão é a maneira ultrapassada da mente humana, comportamentos e pensamentos ainda impactam na estagnação da evolução inovadora em nosso país.
Junto à pesquisa foram apontadas as principais preocupações e os maiores desafios de executivos para o avanço da inovação aberta no Brasil. Também foram utilizadas informações obtidas por meio do banco de dados da MindMinners já que a SocialData esteve em parceria com o Open Innovation.
“Os Desafios da Inovação Aberta do Brasil” foi o nome de batismo da pesquisa, a partir dela, foram consultados dados de 126 membros de diferentes equipes do coletivo em todo o país entre 24 de junho e 12 julho de 2019. Os entrevistados foram questionados a respeito de percepção da inovação na atualidade, perspectivas e preocupações.
Os times regionais se distribuíram em: empreendedores, consultores e representantes de empresas interessadas no tema. A abordagem se deu de maneira percentual com os principais fatores impeditivos para o desenvolvimento da inovação no país.
Fatores impeditivos
Cultura empresarial (56%)
Burocracia (28%)
Ausência de entrosamento entre os membros de uma equipe (25%)
Também foram citadas outras motivações, tais como; desenvolvimento tecnológico e legislação.
Ainda segundo a pesquisa, é necessária atenção ao desenvolvimento do ecossistema de inovação para que se busque melhoria social e educativa com 70% do número de resposta. Outros dados levantados foram 42% citando melhor formação acadêmica dos profissionais e 40% de redução de burocracia.
Criado desde 2017, o Open Innovation busca propagar um ecossistema de colaboração e troca de experiências, incentivando as empresas a aderirem à Inovação Aberta no Brasil.
A filosofia da inovação aberta é justamente o processo colaborativo. É necessário aceitar as ideias do vizinho, é o que ressalta o gerente do Copenhagen Institute for Futures Studies (CIFS) e coordenador do time Open de São Paulo, Flávio Ferrari.
Segundo o executivo, a transformação cultural não acompanha o avanço acelerado da digitalização. A questão agora é a mudança de mindset. Falamos muito de transformação digital, mas a verdade é que a tecnologia já é uma commodity. O determinante agora é o que faremos com ela, diz.
Em espaço cedido às opiniões dos entrevistados, são listadas as principais respostas:
Evolução das tecnologias cognitivas
Evolução da Inteligência artificial (IA)
Fortalecimento das redes de colaboração
Oferta de ecossistemas de pagamento
Novas ferramentas de gestão e desenvolvimento de treinamentos para soft skills.
As próximas ações do coletivo estarão focadas nas principais preocupações evidenciadas pela pesquisa. A pesquisa nos ajudou a priorizar nossa ordem de trabalho, agora sabemos o que devemos usar como pauta daqui para frente. Uma série de encontros para debater os temas em destaque estão previstos nos próximos meses, finaliza Ferrari.